A Lebre costumava fazer troça da Tartaruga por ela ser tão lenta.
— Tu alguma vez chegas ao teu destino? — perguntou-lhe um dia zombando dela.
— Sim — replicou a Tartaruga —, e chego mais depressa do que pensas. Vamos fazer uma corrida e provar-te-ei.
A Lebre achou graça ao desafio da Tartaruga, e, para se divertir, resolveu aceitar. A Raposa, designada como júri, estabeleceu a distância, alinhou os corredores e deu o sinal de partida.
Em breve, a Lebre ficou longe da vista, e, para demonstrar o ridículo do desafio, deitou-se para dormir uma sesta até que a Tartaruga a alcançasse.
Entretanto, lenta mas persistentemente, a Tartaruga ultrapassou o local onde a Lebre dormia profundamente e foi-se aproximando da linha de chegada. Quando acordou, a Lebre viu que a Tartaruga estava já muito perto da meta e começou a correr o mais depressa que pôde, tentando ainda ultrapassá-la, mas não conseguiu.
Moral da História:
Possuir vantagens competitivas na vida, como ser mais inteligente, mais forte, mais rápido, às vezes nos leva a uma certeza infundada: a do sucesso garantido. Essa superioridade em uma determinada área pode nos tornar arrogantes, complacentes, preguiçosos e até mesmo desdenhosos para com outras pessoas. Ter maior capacidade, porém, nem sempre é o fator determinante. Às vezes é a determinação, a persistência e o esforço que nos levam à vitória, assim como, ao nos superestimarmos por prepotência, podemos despencar para o fracasso.