Relação entre QI, Ateísmo e Religião: correlação entre inteligência e religiosidade

Relacionar inteligência à religiosidade é certamente um tabu. O tópico inteligência, por si só, é polêmico: comparações sobre a capacidade cognitiva das pessoas podem ser entendidas como uma competição, uma forma de diminuir ou elevar indivíduos, e tendem a criar conflitos. É quase impossível falar em intelecto fraco sem causar ofensa — embora o fenômeno seja bastante real. Misture ao tópico a religião, aspecto ultrassensível para as pessoas de fé, e temos a fórmula da controvérsia.

Mas colocando de lado os juízos de valor que se podem fazer a respeito destes tópicos, os dados coletados pelo mundo todo são consistentes em demonstrar uma correlação entre o quociente de inteligência (QI) e a tendência à religiosidade. Com poucas exceções (em geral, países que passaram por regimes ditatoriais de extrema esquerda), quanto maior a média de inteligência de um país, menor é a religiosidade de seu povo.

Neste artigo, você pode encontrar o gráfico da correção (abaixo) e a tabela completa (ao final) com os 116 países e seus respectivos quocientes de inteligência e índice de religiosidade.

As informações foram coletadas do NationMaster, um agregador de índices estatísticos globais, e da Data Pandas, uma plataforma de democratização de dados sobre países do mundo todo.

• O país com a maior porcentagem de ateus é a Suécia (83% da população), cujo QI médio é 97.
• Já os países com menor porcentagem de ateus são Nigéria e Bangladesh (0% da população), cujo QI médio é 70 e 74, respectivamente.
• O Brasil está em 65º lugar no ranking de ateísmo (13% da população declara-se ateia). O QI médio dos brasileiros é 83.

Embora o QI padrão seja estipulado como 100, as médias de cada país variam conforme o número de pessoas com QI abaixou ou acima deste número. Assim, um país com média de 83, como o Brasil, terá uma grande quantidade de indivíduos com QI superior a 83, balanceada por outra parcela da população com QI inferior a este número.

As médias, portanto, revelam uma correlação significativa entre inteligência e religiosidade. É importante considerar as limitações dos testes de QI, que medem apenas algumas dimensões da inteligência, e dos próprios dados sobre religiosidade fornecidos por governos e outras instituições. Ainda assim, está claro que a relação não se trata de uma anomalia, mas de uma tendência global.

As principais exceções a esta tendência, como mencionado anteriormente, são os países que estão ou já estiveram sob um regime de orientação ditatorial ou totalitária de extrema esquerda, em geral marxista, devido à oposição destes governos à religião (você pode conferi-los na tabela abaixo). O Vietnã, por exemplo, ainda é governado pelo PCV (Partido Comunista do Vietnã), de base marxista-leninista, enquanto Cuba está sob controle do Partido Comunista de Cuba. Já a Albânia esteve sob um regime de orientação stalinista até 1985, pela liderança de Sob Hoxha. Com altos índices de ateísmo, estes três países têm médias de QI baixas — o que sugere que a ideologia do país, mais do que a média de inteligência, teve influência sobre a religiosidade nestes casos.

O outro grupo de exceções são os países com alta religiosidade e alta inteligência. Neste grupo estão alguns países asiáticos ou do Oriente Médio, como o Camboja, Singapura e Chipre, e países europeus com população mais conservadora, como Irlanda, Polônia, Áustria e Croácia.

A seguir, estão relacionados os 116 países da pesquisa, ordenados do mais ateísta ao menos ateísta. No espectro de cores, o verde indica maior QI, amarelo indica QI médio, e vermelho indica QI baixo, com preto ilustrando os índices extremamente baixos.