Mestre surrealista dos paradoxos, Magritte conseguiu, miraculosamente, ser ao mesmo tempo um artista pop e avant-garde. Maravilhosas, porém bizarras, suas pinturas retratam cenários fisicamente impossíveis, ou altamente improváveis, mas com uma assinatura bastante particular: seu estilo minimalista, simples e direto.
Ao contrário dos escandalosos Salvador Dalí e André Breton, Magritte não parecia ter pretensões revolucionárias nem fantasias viscerais como orgias oníricas, carnavais transdimensionais ou pesadelos. Com seu vocabulário pictórico modesto, composto por senhores e senhoras bem-vestidos, frutas, paredes, janelas e outros objetos e locações triviais, seu surrealismo sustenta-se não pelo excesso, mas pela precisão. São retratados pequenos absurdos pontuais, inconsistências no plano da realidade, sem qualquer motivação aparente.
Ao ser perguntado sobre a significação destas composições paradoxais, Magritte explica:
Minhas pinturas são imagens visíveis que não escondem nada. Elas evocam mistério e, de fato, quando alguém vê uma de minhas imagens, faz a si mesmo esta simples pergunta: O que significa isso? Mas a imagem não significa nada, porque o mistério também não significa coisa alguma, é irreconhecível.
Se você compreende esta explicação de Magritte tão bem quanto o significado de suas obras, não se preocupe: você não está sozinho.
Confira 30 das mais famosas pinturas do artista: