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A Van Gogh, que pintava com a própria bisnaga e, de vez em quando, cortava uma orelha; a Mondrian, que sentia enjoos ao ver uma linha curva; a Pollock, que pintava com as próprias botas; a Christo, que começou embrulhando estátuas, passou a embrulhar edifícios e, agora, embrulha montanhas. E a todos os pirados, delirantes e encucados - sobretudo, e acima de tudo, os sem talento - que, com sua loucura, ajudaram a expandir as fronteiras da arte.
Millôr Fernandes
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