Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher. O homem com quem casara era homem verdadeiro, os filhos que tivera eram filhos verdadeiros. Sua juventude parecia-lhe estranha como uma doença de vida. Continue lendo
"Como pudera ela dar à luz aqueles seres risonhos fracos, sem austeridade? O rancor roncava no seu peito vazio. Uns comunistas, era o que eram; uns comunistas. Olhou-os com sua cólera de velha. Pareciam ratos se acotovelando, a sua família." Continue lendo
Não tentarei fazer-me perdoar. Tentarei não acusar. Aconteceu simplesmente. Continue lendo
Começou a ficar escuro e ela teve medo. Esperou um momento em que ninguém passava para dizer com toda a força: "Você não voltará." Continue lendo
Vem a sobremesa, um creme derretido, e eu me surpreendo pela decadência da escolha. Ele come devagar, tira uma colherada e espia o líquido pastoso escorrer. A ira me asfixiava. Continue lendo
Durante o dia inteiro ficou-se à cama. Sua cólera era tênue, ardente. Só se levantava mesmo para ir à casa de banhos, donde voltava nobre, ofendida. Continue lendo
Chego a me perguntar: Para que o trabalho? Para que tomar café na cama? Para que sentir algum prazer? Continue lendo
O leão lambeu a testa da leoa. Dois animais louros. A mulher desviou os olhos da jaula, onde o cheiro lembrava a carnificina que viera buscar no Zoológico. Continue lendo
O que ela sempre sentira, vagamente apenas: mediocridade. Que impressão de fraqueza, de pusilanimidade, naquele simples papel... Silenciosamente chora. Continue lendo
"Foi, pois, assim que o explorador descobriu, toda em pé e a seus pés, a coisa humana menor que existe. Seu coração bateu porque esmeralda nenhuma é tão rara. Nem os ensinamentos dos sábios da Índia são tão raros." Continue lendo