O professor era gordo, grande e silencioso. E eu era atraída por ele. Não amor, mas atraída pelo seu silêncio e pela controlada impaciência que ele tinha em nos ensinar. Passei a me comportar mal na sala. Continue lendo
Cidinha fingiu não entender: entender seria perigoso para ela. A linguagem era aquela que usava, quando criança, para se defender dos adultos. Continue lendo
Chovia, chovia. O fogo pisca para ela e para o homem. Continue lendo
Abriu-se a casa e dela saíram três mascarados. Um era alto e tinha a cabeça de um galo. Outro era gordo e vestira-se de touro. O terceiro disfarçara-se em cavalheiro antigo e pusera máscara de demônio. Continue lendo
Hoje é dia 13 de maio. É dia da libertação dos escravos. Segunda-feira. É dia de feira livre. Continue lendo
Senti uma angústia dominar-me. Quando virei a cabeça, percebi que era medo o que eu sentia. Parecia-me que estava sozinho num abismo escuro e que a torre me observava com o seu único olho escarlate. Continue lendo
Peço desculpa porque além de contar os fatos também adivinho e o que adivinho aqui escrevo, escrivã que sou por fatalidade. Eu adivinho a realidade. Continue lendo
Uma vez, não tendo o que fazer, fiz uma espécie de exercício de escrever, para me divertir. E diverti-me. Continue lendo
Às vezes, quando vejo uma pessoa que nunca vi, e tenho algum tempo para observá-la, eu me encarno nela e assim dou um grande passo para conhecê-la. Continue lendo
Ficou viúva com vinte e nove anos. E de lá para cá, nada de homem. Viúva à moda antiga. Severa. Sem decote e sempre com mangas compridas. Continue lendo